A alimentação influencia nosso corpo, mas também nossos processos psicológicos
06, junho, 2024”Diga-me o que você come e eu lhe direi quem você é”, do gastrônomo e jurista francês Brillat-Savarin, e “Nós somos o que comemos”, do filósofo alemão Feuerbach, talvez sejam as duas citações mais famosas que relacionam a alimentação à qualidade de vida.
O que colocamos em nossos corpos não influencia apenas nossos corpos, mas também nossos processos psicológicos, portanto, melhorar nossa dieta pode melhorar nossas vidas. Afinal, já na antiguidade, Hipócrates, considerado o pai da medicina, dizia: “Que o alimento seja seu remédio”.
Inúmeras pesquisas científicas destacaram a conexão entre alimentação e saúde, demonstrando sua complexidade, que não pode ser reduzida a uma simples relação de causa e efeito, ou seja, distinguir os alimentos de forma simplista, entre os que são bons e os que são ruins para você. O leite e os lácteos são parte integrante desse debate, próprio de nossa época, mas as descobertas científicas tornam cada vez mais evidentes o valor nutricional e os efeitos de seus ingredientes para a saúde.
Em primeiro lugar, há as proteínas, que contêm todos os aminoácidos considerados indispensáveis para as funções corporais, mas também a gordura, já que os ácidos graxos do leite são constituintes essenciais da membrana celular e do tecido nervoso.
Além disso, há os minerais e as vitaminas. O soro de leite, que sempre foi considerado um subproduto da fabricação de queijo, também foi reconhecido como uma fonte valiosa de proteína rapidamente assimilável para o desenvolvimento muscular e para acelerar a recuperação após o exercício. Portanto, são valiosos para todos os envolvidos em atividades esportivas, mas também para prevenir a degeneração muscular em idosos.
Uma rica fonte nutricional para todas as idades
Além disso, há os benefícios das enzimas do leite, não coincidentemente chamadas de bactérias do ácido lático, das quais os produtos lácteos, do iogurte ao queijo, são particularmente ricos. Seu suprimento de flora láctica tem uma ação probiótica que é extremamente favorável à saúde intestinal.
Quando consideramos as interações entre o intestino e o cérebro, entendemos como é importante manter uma boa função intestinal. Não é por acaso que os latinos já diziam “Mens sana in corpore sano”. A gordura do leite também está sendo cada vez mais estudada cientificamente e seu valor está sendo demonstrado.
Por exemplo, os componentes da membrana dos glóbulos de gordura do leite, como fosfolipídios, glicolipídios e glicoproteínas, têm um importante efeito neuroprotetor sobre o cérebro e os nervos. Esses compostos bioativos também foram relacionados a aspectos como a redução do estresse e a melhora do metabolismo do colesterol. Essas são relações muito complexas entre os componentes físicos, químicos e microbiológicos nos quais o leite é tão rico para oferecer elementos nutricionais direcionados a diferentes faixas etárias.
Se, como dizem os psicólogos, o que comemos, como comemos e com quem comemos diz muito sobre nós, a ciência mostra como os ingredientes do leite e seus derivados podem ser valiosos para nossa saúde integral.