Gestantes que bebem leite têm filhos mais altos e com QI mais elevado
27, dezembro, 2018A pesquisa avaliou filhos de 809 mulheres, nascidos entre 1988 e 1989, juntamente com o monitoramento da quantidade de leite ingerida por suas mães durante a gravidez.
Cientistas dos Estados Unidos, Islândia e Dinamarca desenvolveram uma pesquisa conjunta que mostrou que a altura de indivíduos na vida adulta foi diretamente relacionada com a quantidade de leite que suas mães consumiram durante a gestação. Um estudo anterior, publicado no American Journal of Clinical Nutrition (outubro de 2007), já havia mostrado que bebês filhos de mães que tinham o hábito de beber leite durante a gravidez apresentavam maior peso e altura ao nascer. O objetivo desse novo trabalho, publicado no European Journal of Clinical Nutrition (outubro de 2013), foi avaliar se esses efeitos benéficos se mantinham até a idade adulta.
A pesquisa avaliou filhos de 809 mulheres, nascidos entre 1988 e 1989, juntamente com o monitoramento da quantidade de leite ingerida por suas mães durante a gravidez. Os bebês tiveram seus pesos e altura medidos no nascimento e, novamente, cerca de 20 anos depois.
Os resultados mostraram que os filhos de mães que ingeriram mais de 150ml de leite por dia durante a gravidez ficaram mais altos, em comparação com filhos de gestantes que bebiam menos do que essa quantidade ou não consumiam o alimento. Além disso, eles também apresentavam níveis mais elevados de insulina na corrente sanguínea, o que sugere um risco menor para diabetes tipo II.
Outro estudo, conduzido e publicado na Inglaterra, no British Journal of Nutrition, mostrou que gestantes que ingeriam leite na gravidez tiveram bebês com QI mais elevado e melhor habilidade de leitura que aqueles filhos de mulheres que não consumiram o alimento.
O efeito, atribuído aos altos níveis de iodo presentes no leite, foi avaliado em mais de 1000 gestantes. O iodo é essencial para a produção de hormônios pela glândula tireoide, com efeito direto sobre o desenvolvimento do cérebro do feto.
Referências:
1. American Journal of Clinical Nutrition, outubro de 2007
European Journal of Clinican Nutrition, outubro de 2013