Matéria da Women’s Health defende o consumo de lácteos
27, dezembro, 2018Muitos nutricionistas estão apoiando esse movimento, informando a seus pacientes que todos os tipos de produtos lácteos – incluindo a matéria-prima – são bons para a saúde do seu coração e até ajudam a perder peso.
Se as prateleiras do supermercado servem como indicativo, os laticínios integrais voltaram com tudo. Nos últimos cinco anos, a procura por queijos gordos subiu 28% e por iogurtes integrais, 147% (!).
Muitos nutricionistas estão apoiando esse movimento, informando a seus pacientes que todos os tipos de produtos lácteos – incluindo a matéria-prima – são bons para a saúde do seu coração e diminuem o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Quer mais incentivo? Incluir esses alimentos em sua dieta ainda pode contribuir com a perda de peso. Só existe um problema: a maioria de nós ainda sente algum receio em se esbaldar nos laticínios. Nós nem mesmo consumimos as três porções diárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especialmente se elas são das opções “gordas”. Em parte, isso é culpa do conceito, criado nos anos 1980, de que as gorduras saturadas e suas fontes são os vilões da dieta saudável. Foi então que os desnatados, com a mesma quantidade de proteínas, cálcio e vitamina D por metade das calorias, se tornaram os salvadores do paladar.
E a ideia ainda foi reforçada pelo USDA Dietary Guidelines for Americans, um órgão de saúde norte-americano que oficializou essa afirmação: adultos deveriam apostar nos laticínios de baixa ou zero caloria. Mas, como muitas das coisas que surgiram nos anos 1980 – exemplos: fitas cassete e mangas bufantes –, esse pensamento já atingiu sua validade. “É preciso entender que, em quantidades equilibradas, nenhum alimento faz mal ao organismo”, explica Regina Helena Pereira, diretora científica do departamento de nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). “Consumir três porções de leite – incluindo seus derivados, como queijos e iogurtes – pode, inclusive, ser bom para a saúde cardiovascular”, completa.